Como eu dou conta de faculdade, três cursos e trabalho
Dessa vez quero falar de como eu consigo fazer faculdade, três cursos ao mesmo tempo e ainda trabalhar o dia inteiro. Spoiler: não é mágica, é organização e disciplina.
Bom, nem sei por onde começar — ou melhor, por qual deles falar primeiro…
Vamos começar pela faculdade.
Faço Administração na Estácio. Muita gente pensa que é uma faculdade “tranquila”, mas na real depende de como você leva. Não é que seja um bicho de sete cabeças, mas exige leitura, organização, prazos e muita disciplina. Tudo se torna simples com dedicação, isso é fato. O problema mesmo é o tempo. Aquele velho conhecido que nunca sobra.
Além da faculdade, estou fazendo o curso de Gerenciamento de Projetos do Google, que por sinal é excelente. Muito conteúdo aplicável, didática boa, e uma visão bem moderna de como tocar projetos. Me ajuda inclusive a organizar melhor minha própria vida (porque convenhamos, tocar a própria rotina às vezes é mais complexo que tocar um projeto inteiro rs).
Também tô firme no curso da TopInvest, me preparando pra CPA-20. Esse aqui exige foco memso. São muitos termos novos, conteúdos que nunca vi antes (já que nunca trabalhei diretamente com mercado financeiro ou banco), e uma prova cara. Então não tem espaço pra “ver se dá certo”. Tem que estudar pra passar de primeira. E é o que tô buscando.
E mais recentemente, entrei de cabeça no estudo da linguagem Go. Sempre curti tecnologia, e como já tenho um pezinho em suporte e TI, estudar programação faz parte do meu plano de longo prazo. Go me atriu por ser direto, limpo e com muito mercado. Mas aprender uma linguagem nova exige energia, ainda mais quando você chega em casa depois de um dia inteiro de trabalho.
Agora você pode estar pensando: “Mas, cara… onde você arruma tempo pra isso tudo?”
Pois é. Eu acordo todo dia às 4h da manhã. Pego ônibus cedo e só chego em casa por volta das 19h. Nesse intervalo, trabalho o dia inteiro. Então a pergunta é válida: aonde sobra tempo pra isso tudo?
A resposta é simples: constância. Não velocidade.
Não adianta querer devorar três horas de conteúdo num dia e passar quatro dias sem tocar no assunto. O que funciona pra mim é manter uma rotina enxuta, mas firme. Um pouquinho por dia. Um capítulo aqui, uma aula ali, uma revisão no ônibus, um simulado no almoço. É tudo muito bem encaixado.
Tem dia que eu tô esgotado, que a cabeça não ajuda, que o corpo só quer cama. E tá tudo bem. Acontece com qualqeur um. O importante é não parar. Fazer o que dá, mesmo que seja menos do qeu eu gostaria naquele dia. No outro dia eu volto e compenso.
Além disso, tem a pressão de estar com 27 anos e prestes a casar. É uma responsabilidade enorme, financeira, emocional, espiritual. Mas sabe? Não deixo isso virar desculpa. Não sou de mimimi. Tem gente que usa os próprios desafios como justificativa pra não fazer nada. Eu prefiro usar como combustível pra fazer ainda mais.
Tem uma frase de um grande santo que eu carrego comigo todos os dias
“Faz o que deves e está no que fazes.”
Outra dele que me bate forte sempre:
“Se tens de servir a Deus com a tua inteligência, para ti estudar é uma obrigação grave.”
Essas frases me lembram que meu esforço tem um propósito maior. Que minha luta diária, mesmo no silêncio, mesmo no cansaço, tem valor. E que, no fim, é entre eu e Deus. Ninguém mais precisa entender ou aprovar. O importante é que eu esteja fazendo o meu melhor.
Não fico reclamando do meu cansaço, nem expondo minhas batalhas pessoais pra todo mundo. Minha fé é algo muito íntimo. Mas Deus e eu sabemos o que tem aqui dentro — os altos, os baixos, e principalmente a vontade de ser melhor a cada dia.
Então é isso. Sigo firme.
Não porque é fácil. Mas porque vale a pena.
Até o próximo post!