O peso dos nossos erros e a cruz que carregamos
Durante a nossa vida a gente vai colecionando erros e acertos. O tempo vai passando, e com ela a gente vai mudando, amadurecendo… Mas às vezes, mesmo depois de tanto tempo, a gente olha pra trás e sente o peso dos erros que cometeu.
Sabe aquele erro que te marcou? Aquela situação que te faz fecher os olhos e pensar “podia ter sido diferente”? Aquela pessoa que você não conseguiu perdoar… e hoje não tem mais chance de fazer isso? Todos nós passamos por isso em algum momento. E o que mais machuca é perceber que, se a cabeça fosse a de hoje, talvez tudo tivesse sido mais simples, mais leve, menos doloroso.
Esses dias eu me deparei com uma frase do professor Olavo de Carvalho que me pegou de jeito. Ele escreveu:
“Cada vez que você se conhece um pouco mais, tem de aguentar o peso de saber que não pode consertar os efeitos do que fez quando se conhecia um pouco menos. Isso é o que se chama ‘carregar a sua cruz’. Muitos adiam indefinidamente o momento de começar a carregá-la, e enquanto isso ela vai acumulando peso.”
E é isso.
Conforme a gente vai se conhecendo, se entendendo, se observando… vai percebendo que teria sido capaz de agir diferente. Ter errado menos. Ter perdoado mais. Ter falado quando calou, ou calado quando falou. Mas a verdade é que não tem como voltar. O que dá pra fazer é aprender, carregar essa cruz com humildade e, principalmente, com leveza.
Quanto mais cedo você desperta pra isso, mais leve ela é. Se conhecer dói, mas cura. Maturidade não vem só com o tempo, vem com intenção. Se você fugir disso, vai continuar acumulando peso. Mas se você enfrentar, com coragem e verdade, vai perceber que cada dor que parecia impossível de suportar, com o tempo vira parte da sua força.
Perdoe.
Reze.
Se concentre no que de fato importa.
Não é sobre se culpar eternamente — é sobre não repetir o que já doeu. É sobre viver de forma mais consciente, mais presente, mais honesta.
E aí, tudo vai ficando mais fácil. A cruz vai ficando mais leve, e você vai se sentindo mais livre.